2016 Coluna da terça-feira

22:10 Blog do Adeildo Alves 0 Comentários


     O que falta é visibilidade 
A divisão da população de Caruaru em relação à gestão do prefeito José Queiroz (PDT), apontada na pesquisa do Instituto Opinião postada ontem no meu blog, chamou a atenção de muita gente e foi o assunto mais comentado entre aliados e adversários do pedetista. Queiroz aparece com 46% de desaprovação e 45% de aprovação. Isso não significa que o prefeito esteja fazendo uma administração ruim.
Pelo contrário. Quem passa em Caruaru sai com a impressão de que a cidade melhorou e com isso a qualidade de vida da população também. O que a pesquisa deixou muito claro é que o segmento que faz opinião em Caruaru, situado na pesquisa pelos eleitores com grau de instrução superior e renda acima de cinco salários mínimos, dá ao prefeito um percentual médio de aprovação de 64%.
Mas isso não se repete nos demais estratos do eleitorado por algum motivo, provavelmente por desconhecimento do conjunto da obra, uma vez que Queiroz tem feito pouco ou quase nenhuma mídia, principalmente em televisão, o que abre a percepção daqueles que se distanciam das questões do dia a dia. O grosso da população, infelizmente, só tem conhecimento das coisas pela televisão, veículo que ele usa pouco.
Pelo que vi, rapidamente, em algumas visitas a Caruaru nos últimos anos é que Queiroz se dedicou fortemente à gestão, teve a preocupação de investir em projetos para dar mais mobilidade urbana. A urbanização da Avenida Caruaru, por exemplo, foi uma delas, elencada em todas as plenárias do Orçamento Participativo como prioridade por parte da população.
Na prática, deu mais qualidade de vida para quem mora nos bairros Boa Vista I e II, Maria Auxiliadora e José Carlos de Oliveira. Quem precisava trafegar pela via tinha que enfrentar quase 1 km de terra. Ao integrar Boa Vista I e II ao Maria Auxiliadora e José Liberato, foram feitas obras com drenagem, asfalto, sinalização, um canteiro central com paisagismo diferenciado e nova iluminação, beneficiando toda a população da área.
Queiroz diz que fechou 2015 com mais de 60 obras em andamento. Para se deter apenas na questão viária e de mobilidade urbana, como me referi acima, o prefeito pelo que vi tirou também do papel o Complexo Viário no bairro Centenário, reestruturando o tráfego das ruas Maria Emília, Antônio Menino, Bahia e a do Convento. A partir da sua implantação, os condutores utilizam a rua Maria Emília no sentido subúrbio/Centro, enquanto a rua Antônio Menino passou a ter o sentido Centro/subúrbio.
Não vou me deter em citações do conjunto de obras de Queiroz, mas imagino, também, que ele fez a qualidade da população melhorar também com a construção de vários parques com muito verde e equipamentos, além de bem iluminados. A pesquisa chegou numa boa hora para o pedetista. Quem sabe ele não desperta para a necessidade de dar mais visibilidade ao que fez e vem fazendo por Caruaru. Nenhum gestor moderno pode prescindir de uma boa comunicação ou esquecer o preceito básico de Chacrinha: quem não se comunica, se trumbica.
ELEITOR DISCRENTE– O que mais impressionou, também, ainda em relação aos primeiros números da sucessão em Caruaru, foi o grande distanciamento do eleitorado da política. A soma dos que disseram que vão anular o voto com os indecisos chega a quase 40%, exatamente 37%. Isso pode ter relação, certamente, com o altíssimo desgaste da classe política, além do efeito dos escândalos que tomaram conta do noticiário nacional.
Sem açodamento– Lembrado como o mais competitivo nome do PSB para concorrer à Prefeitura de Surubim, o secretário estadual de Agricultura, Nilton Mota, diz que o candidato do seu grupo, liderado pelo secretário de Planejamento, Danilo Cabral, será escolhido da forma mais democrática e ampla possível no momento certo. “Nenhum nome pode ser imposto, a escolha não pode ser de cima para baixo”, diz ele num recado aos mais ansiosos.
Arraes na Sapucaí– O centenário de nascimento do ex-governador Miguel Arraes incentivou a Unidos de Vila Isabel a levar para o desfile, na Marquês de Sapucaí, a história do político que, embora, cearense, construiu sua carreira em Pernambuco, onde foi governador, prefeito do Recife, secretário da Fazenda, deputado estadual e federal. “É muito bonito. Não é fútil. Você tem uma história que vale a pena conhecer e transformar em carnaval. É preciso muita criatividade em cima de um assunto às vezes denso”, disse o carnavalesco Alex de Souza, um dos coordenadores da escola.
Destino de Cunha em março– O Judiciário retomou os trabalhos, ontem, mas o pedido da Procuradoria Geral da República, o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara só deverá ser analisado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no começo de março. É que Cunha ainda não foi intimado e, depois que isso acontecer, ele terá dez dias corridos para apresentar a sua defesa. Concluído este prazo, o relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zawaski, também deve pedir uma manifestação à PGR, antes de levar o assunto ao plenário.
Mendonça joga a toalha – Crítico ferrenho do PT, o deputado Mendonça Filho, ex-líder do DEM na Câmara, admite que o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff perdeu força. “O processo de impeachment perdeu força e enfraqueceu fortemente. Hoje, o pedido não tem viabilidade como tinha seis meses atrás. Mas é um processo cheio de altos e baixos, por isso pode voltar a ganhar força”, disse ele num debate, ontem, numa emissora de rádio.

CURTAS 
BARRAGENS– As chuvas registradas no Sertão do Moxotó não foram suficientes para alterar a realidade de abastecimento de água do município de Arcoverde. A barragem Riacho do Pau, que atende a cidade, não conseguiu acumular água suficiente para permitir mudanças no atual regime de distribuição de água. Localizada em Pedra, a barragem continua ainda com nível muito baixo, estando hoje com apenas 1,11% do seu volume total.
NO ATAQUE – O ex-ministro José Dirceu negou em depoimento à Justiça Federal, em Curitiba, ter indicado Renato Duque para o cargo de diretor de Serviços na Petrobras. O ex-ministro cumpria prisão domiciliar em razão de condenação no processo do mensalão do PT, mas voltou ao regime fechado devido à acusação de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.


Perguntar não ofende: Janot cometeu o cúmulo da falta de protocolo ao não citar o presidente da Câmara na abertura dos trabalhados do STF? 

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