Polícia pede prisão de ex-presidente da Samarco e mais 6 pelo caso Mariana
A Polícia Civil de Minas Gerais pediu nesta terça-feira (23) a prisão preventiva de seis funcionários da Samarco, inclusive o presidente licenciado Ricardo Vescovi, e um da VogBR, após concluir o primeiro inquérito que apura o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG).
Além de Vescovi, foram indiciados o diretor de operações Kléber Terra, o gerente de projetos Germano Lopes, o gerente de operações Wagner Milagres, o coordenador técnico Wanderson Silvério e a gerente de geotecnia Daviely Rodrigues. Segundo a polícia, todos esses funcionários da Samarco estão licenciados de seus cargos.
Pela VogBR, foi indiciado o engenheiro responsável pela declaração de estabilidade de Fundão, Samuel Loures. A empresa havia sido contratada pela Samarco, que pertence à Vale e à BHP Billiton, e fazia obras no momento do acidente.
Todos os citados foram indiciados por homicídio qualificado. A pena pode variar de 12 a 30 anos para cada uma das 19 mortes causadas na tragédia. Eles também responderão pelo crime de causar inundação, com dolo eventual – quando não há intenção, mas assume-se o risco – e de poluição de águas potáveis. No primeiro, a pena varia de 3 a 6 anos de prisão mais multa. No segundo, de 2 a 5 anos de prisão.
0 comentários: