Um jovem de 20 anos é o acusado de atingir, num acidente de trânsito no Centro de Serra Talhada, na última sexta-feira (15), José Olímpio da Silva, 62 anos, que morreu no local (relembre). Diante a grande repercussão do caso, Ivanilson Santos entrou em contato com o Farol para dá sua versão sobre o fato e rebater, segundo ele, relatos equivocados da colisão que davam conta que o motoqueiro teria abandonado o local do acidente e ultrapassado o sinal vermelho. José Olímpio foi atropelado na Avenida Enock Ignácio de Oliveira, próximo ao cruzamento com Rua Agostinho Nunes de Magalhães, perto da prefeitura. O idoso, que vinha de bicicleta, sofreu ferimentos graves na cabeça e já chegou sem vida no hospital (relembre).

Ivanilson Santos, que pede para não ter a sua fotografia publicada, disse que a vítima teria atravessado a avenida de repente, não dando tempo de frear. “Era eu que pilotava a moto, que não era modelo Broz. O sinal não estava fechado, estava verde para mim. Eu ia normal na pista, minha velocidade estava por volta de 30 km à 40 km por hora, ai quando vejo, o senhor atravessou de vez a rua, foi quando freei, mas não tive como não bater na bicicleta dele. Foi quando onde houve o choque e ele bateu a cabeça. Pra vocês entenderem melhor, meu irmão vinha na garupa da moto e nem se feriu, nem caiu só se descontrolou e saiu da moto”, argumentou Ivanilson Santos, dando mais detalhes da sua versão:

                                                            Idoso vinha de bicicleta

“O povo viu, os moto táxis que estavam lá também viram! Assumo que se eu viesse por volta de 20 km tinha evitado o choque, mas vinha de 30 km/h a 40 km/h no máximo, pois para vir mais do que isso e frear meu irmão teria sofrido ferimentos graves e eu também. O problema foi a moto com a bicicleta, pois a moto é mais pesada. Após o acidente alguém disse: ‘volte e vá conversar com a família para resolver e prestar o boletim na delegacia’. Outra coisa, também socorri ele, fiquei do início ao fim no local do acidente, até ele sair para o hospital, eu não saí de lá, deixei também a moto visível para todo mundo ver. Eu sei que mesmo estando com sinal verde eu deveria passar mais devagar.”

Ivanilson Santos fez questão de lamentar o ocorrido e disse que sente muito. Para ele, o acidente foi uma triste fatalidade. O motoqueiro também afirmou que se solidariza com a dor dos familiares. “Não preciso mentir. Nunca menti a ninguém e sei assumir as coisas. Desde pequeno, cresci com um princípio, minha mãe nos ensinou. Ela foi uma guerreira em criar 4 filhos sozinha. Tenho Carteira da Habilitação, documentos em dias. Nunca tive uma multa, ando todo dia na Rua 15. Pois como se sabe dou aula no Cornélio Soares e também na escola Irnero Inácio”.

O velório do idoso ocorreu na Associação de Moradores da Rua 13 de Maio, atraindo dezenas de pessoas. Na ocasião, a mais revoltada era a viúva, identificada como dona Silvia.