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Últimas delações dão ao impeachment a aparência de uma guerra entre facções


O conteúdo das últimas delações premiadas da Lava Jato — além das cenas da já conhecida promiscuidade nas altas esferas da política entre os que lutam para se firmar no Planalto e os que brigam para retornar — revela um cenário típico de guerra entre facções criminosas pelo controle dos negócios do poder.

Sérgio Machado, o delator do PMDB, disse ter repassado R$ 70 milhões roubados da Transpetro para Renan Calheiros (R$ 30 milhões), Romero Jucá (R$ 20 milhões) e José Sarney (R$ 20 milhões) — uma troica de cardeiais que Michel Temer afaga, para evitar que o roteiro do impedimento de Dilma desande no Senado.

Marcelo Odebrecht, o delator dos delatores, avisou que seu alvo mais reluzente será Dilma. Ele conta que as arcas da reeleição de madame foram abastecidas com dinheiro de propina. Algo que, aliás, a forca-tarefa da Lava Jato já havia farejado ao rastrear o envio de R$ 3 milhões da construtora Odebrecht para uma conta aberta na Suíça por João Santana, além do repasse de R$ 22 milhões em dinheiro vivo ao marqueteiro da reeleição.

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