Direita: Lava Toga representa divisão do bolsonarismo

05:11 Blog do Adeildo Alves 0 Comentários



Para centro-direita, embate sobre Lava Toga é marco na divisão do bolsonarismo.
(Foto: Marcos Corrêa/PR)
Folha de S. Paulo - Painel
Por Daniela Lima

O embate entre bolsonaristas nas redes em torno da CPI da Lava Toga foi diagnosticado por políticos de centro-direita como um marco na relação do clã Bolsonaro com sua militância e com o PSL. O fato de Olavo de Carvalho ter radicalizado o discurso, apelando ao apoio incondicional à pessoa do presidente, e não mais a pautas como o combate à corrupção, foi visto como um aceno ao núcleo mais duro do bolsonarismo –e um estímulo ao expurgo dos outros grupos que o circundam.
Guru de uma ala do bolsonarismo, Olavo de Carvalho postou vídeo no fim de semana no qual condena o debate sobre a CPI da Lava Toga. “Vamos combater a corrupção? Não! Vamos combater o comunismo primeiro, seus idiotas. (…) O problema do Brasil não é a corrupção, é o Foro de São Paulo”, ele diz.
Carvalho afirma que Bolsonaro precisa de uma militância que seja só dele, e não de pautas. A pregação, endossada por Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), assustou integrantes do PSL que viram na fala “um culto personalista, que vai levar o presidente ao isolamento, afastando os que têm qualquer racionalidade”.
Aliados de Bolsonaro dizem que ele se ressente dos que ajudou a eleger “e hoje só atrapalham”. A situação de Major Olímpio (PSL-SP) já era ruim, mas agora beira o insustentável. O ataque dele a Flávio Bolsonaro, em O Estado de S. Paulo, foi interpretado como sinal de que Olímpio quer cavar uma saída da sigla, tentando levar outros consigo.

Prefeitura do cabo

17/09

2019

Fala machista de Guedes repercute no comércio exterior

Fala machista de Paulo Guedes reverbera no comércio exterior. Grupo de 250 mulheres do setor assinou artigo com preocupação.
Foto/fonte: Brasil247
Folha de S. Paulo - Painel S.A.
Por Joana Cunh
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O comércio internacional ainda não esqueceu a deselegância das falas de Bolsonaro e Paulo Guedes, que neste mês ofenderam a primeira-dama francesa Brigitte Macron. O WIT (Women Inside Trade) resolveu agora enviar sua reprimenda.
O grupo, que reúne 250 mulheres empresárias, acadêmicas e do setor público, atuantes no comércio internacional de 12 países, assinou neste domingo (15) um artigo dizendo que a igualdade de gênero é uma questão econômica, e o machismo restringe o desenvolvimento.
No texto, citam dados da OCDE, segundo os quais as desigualdades de gênero provocam, em média, perda de 15% de renda dos países. Elas parabenizam Guedes por seu pedido de desculpas. É o primeiro passo, dizem.
 
A carta do WIT também aproveita para lembrar o ministro que, no G20, o Brasil se comprometeu a reduzir em 25% a diferença de ganhos de homens e mulheres no mercado até 2025. 

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