Estamos governados por dois frouxos
O Brasil virou um deserto de lideranças com perfis de estadistas. Pernambuco, particularmente, nem se fala! O que estamos assistindo neste momento em que se coloca em discussão o estágio mais radical do enfrentamento ao Covid-19, via lockdown, é vergonhoso. O governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, ambos do PSB, são frouxos, falta-lhes coragem cívica. Ficam recorrendo a recursos judiciais para decretar a medida quando têm por dever de ofício, preservado na Constituição, poderes para tal.
Estadistas não agem assim. A política não foi feita para quem não tem cabelo na venta, expressão recorrente do ex-governador e agora pensador Joaquim Francisco. Câmara e Geraldo deveriam entender que a mão que embala o berço governa o mundo, como ensinou Abraham Lincoln, presidente americano que liderou os EUA de forma bem-sucedida durante sua maior crise interna, a Guerra Civil Americana, preservando a integridade territorial do País, abolindo a escravidão e fortalecendo o Governo Nacional.
Rui Barbosa já disse que o homem que não luta pelos seus direitos não merece viver. O direito e obrigação deles, Câmara e Geraldo, de proteger a população de todos os males, de tormentas, de ameaças à vida, como ocorre com a pandemia do coronavirus, não está sendo exercido em sua plenitude. Ao negar liminar ao MP pelo lockdown, o juiz Breno Duarte Ribeiro, foi muito competente e fiel à leitura do Direito quando disse que a decisão não era atributo do Ministério Público, mas do Executivo, que tem poderes e atribuições para medidas extremas e radicais.
Recorrendo agora a Winston Churchill, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, responsável pela vitória do seu País e de aliados na Segunda Guerra Mundial, combatente do fascismo europeu, diria para Câmara e Geraldo que a política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. "Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes", ensinou Churchill,
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